Se alguém perguntasse a um brasileiro o que é queijo sem goiabada, certamente ouviria uma resposta mais ou menos assim: é coisa sem graça. A maioria dos brasileiros gosta de futebol, música brega, praia, contar piada sem graça, tomar café e ama ao extremo um feriado. Se um brasileiro souber que a Seleção Brasileira de Futebol foi desclassificada numa competição mundial, aí será uma catástrofe. Brasileiro é povo que gosta de falar abrobrinhas ao telefone e pensa que é o povo mais comunicativo do mundo. Para completar, brasileiro diz que detesta eleições, mas no dia da votação vai votar porque no Brasil votar é obrigação legal. Para completar a personalidade deste personagem nacional, ele reafirma que não gosta de política, mas sempre espera que os políticos lhe façam “um favor” ou lhe proporcionem a oportunidade de levar alguma vantagem no tempo e no espaço. Parte significativa da sociedade brasileira não sabe o que é “mensalão” nem deseja saber. “Mensalão” do PT, do DEM ou do Tucanato, tanto faz. Afinal, o Presidente já disse que não sabe o que é “mensalão”. Se o Lula não sabe o que é isto, então esse “bicho” não é importante, não morde nem pode prejudicar alguém. O fato mais importante deste ano foi o Campeonato Brasileiro comemorado pela urubuzada do Flamengo! A torcida rubro-negra brilha nos céus da pátria neste instante e o povo “herói cobrado” parece rentubante! Parte expressiva dos eleitores do Brasil espera levar alguma vantagem nas eleições. O modelo de aproveitamento pessoal dos políticos de todos os níveis descrito na imprensa nacional impressiona a Tigrada que espera recompensa material ou moral na hora de votar. Um político de expressão nacional disse, no ano passado, que “no Brasil, em pouco tempo, apenas se elegerão para o Parlamento ministros religiosos, líderes sindicais ou pessoas de elevado poder econômico”. Saravá!
Um texto de Ivan Santos para o Jornal Correio de Uberlândia no dia 21/12/2009.
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
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Me da medo!
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